Dividendos
Os dividendos nada mais são do que os lucros da empresa sendo distribuídos aos seus acionistas. Quando compramos uma ação, nos tornamos sócios de uma organização que visa o lucro. Quando este é auferido, temos direito, como donos do negócio, a uma parte deste lucro. É interessante dizer que não necessariamente todo o lucro da empresa será distribuído. Em diversos momentos fará mais sentido a organização escolher por reter boa parte dos lucros, para que possa investir, objetivando um lucro ainda maior no futuro. Na busca por empresas boas pagadoras de dividendos, podemos observar o ciclo de vida que essa empresa se encontra. Ela é uma empresa jovem, em um mercado ainda pouco desenvolvido e que apresenta ou tem a perspectiva de apresentar ótimas oportunidades? Caso a resposta seja positiva, isso pode indicar que ela irá reter boa parte de seus lucros, caso haja algum. No entanto, se sua empresa já for madura, em um mercado estável e previsível, ela poderá distribuir uma maior parcela do lucro. A porcentagem do lucro que a empresa irá distribuir é chamada de payout. No Brasil, o payout mínimo é de 25% do lucro líquido do ano contábil. Isso quer dizer que se a empresa apresentar lucro líquido de R$100 milhões, ela será obrigada a distribuir, no mínimo, R$25 milhões em forma de dividendos. Um fato muito importante sobre os dividendos é que eles são líquidos de IR para o acionista. Isso acontece porque o imposto de renda já foi pago pela empresa, sobre o lucro total dela.Juros sobre capital próprio
O JCP é a outra forma de provento em dinheiro que os detentores de ações podem receber. O JCP é uma forma que a empresa tem para remunerar seus acionistas. Isso quer dizer que o pagamento deste provento independe de a empresa ter lucro ou não. Tal fato também quer dizer que se empresa tiver lucro, não necessariamente a empresa irá distribuir os JCP, apesar de ser obrigada a distribuir os dividendos. Os juros sobre capital próprio, no entanto, são uma boa arma para a empresa, que além de satisfazer seus acionistas, remunerando-os monetariamente, tem a oportunidade de pagar menos imposto ao distribuir este provento. Isso acontece por conta da estrutura contábil das empresas. O imposto de renda incide sobre o lucro antes do imposto de renda (LAIR). Para se chegar no LAIR, todas os custos e despesas da empresa precisam ser deduzidos de suas receitas. Assim sendo, o JCP entra na estrutura contábil como uma despesa, o que diminui o LAIR e assim a empresa tem a alíquota incidindo sobre um lucro menor. Enquanto a empresa consegue escapar da tributação nesta distribuição de proventos, o acionista não tem essa possibilidade. Sendo assim, incide sobre o juros sobre capital próprio uma alíquota de 15% sobre o IR. Esse imposto já é deduzido na fonte, com o valor líquido sendo creditado na conta do acionista.Conclusão
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